Não
sou boa com números ou com frases feitas. Nem com morais de história. Gosto do
que me tira o fôlego. Venero o improvável e almejo o quase impossível. Meu
coração é livre, mesmo amando tanto. Tenho um ritmo que me complica. Uma
vontade que não passa e uma palavra que nunca dorme. Quer um bom desafio?
Experimente gostar de mim. Não sou fácil, nem coleciono inimigos. Quase nunca
estou pra ninguém, mas mudo de humor conforme a lua. Me irrito fácil e me
desinteresso à toa. Tenho o desassossego dentro da bolsa e um par de asas que
nunca deixo. Às vezes, quando é tarde da noite, eu viajo. E, sem saber, busco
respostas que não encontro aqui. Ontem, eu perdi um sonho e acordei chorando,
logo eu que adoro sorrir... Mas não tem nada, não. Bonito mesmo é essa coisa da
vida: um dia, quando menos se espera, a gente se supera. E chega mais perto de
ser quem na verdade, a gente é.