13 de ago. de 2012

Pablo Neruda



Me encante da maneira que você quiser, como você souber. 
Me encante, para que eu possa me dar... 
Me encante nos mínimos detalhes. 
Saiba me sorrir: aquele sorriso malicioso, 
Gostoso, inocente e carente. 
Me encante com suas mãos, 
Gesticule quando for preciso. 
Me toque, quero correr esse risco. 
Me acarinhe se quiser... 
Vou fingir que não entendo, 
Que nem queria esse momento. 
Me encante com seus olhos... 
Me olhe profundo, mas só por um segundo. 
Depois desvie o seu olhar. 
Como se o meu olhar, 
Não tivesse conseguido te encantar... 
E então, volte a me fitar. 
Tão profundamente, que eu fique perdido. 
Sem saber o que falar... 
Me encante com suas palavras... 
Me fale dos seus sonhos, dos seus prazeres. 
Me conte segredos, sem medos, 
E depois me diga o quanto te encantei. 
Me encante com serenidade... 
Mas não se esqueça também, 
Que tem que ser com simplicidade, 
Não pode haver maldade. 
Me encante com uma certa calma, 
Sem pressa. Tente entender a minha alma. 
Me encante como você fez com o seu primeiro namorado... 
Sem subterfúgios, sem cálculos, sem dúvidas, com certeza. 
Me encante na calada da madrugada, 
Na luz do sol ou embaixo da chuva.... 
Me encante sem dizer nada, ou até dizendo tudo. 
Sorrindo ou chorando. Triste ou alegre... 
Mas, me encante de verdade, com vontade... 
Que depois, eu te confesso que me apaixonei 
E prometo te encantar por todos os dias... 
Pelo resto das nossas vidas!!!

5 de ago. de 2012

1 Coríntios 13

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor...

o fragmento



Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos;
não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento;
não saber como frear as lágrimas diante de uma música;
não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer.
É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso...
É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer;

Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que você,
provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler...

                                                                                        Miguel Falabella