30 de jan. de 2011

Eduardo Galeano


De nuestros miedos
nacen nuestros corajes
y en nuestras dudas
viven nuestras certezas.
Los sueños anuncian
otra realidad posible
y los delirios otra razón.
En los extravios
nos esperan hallazgos,
porque es preciso perderse
para volver a encontrarse.

simples assim...

só rindo




25 de jan. de 2011

a homenagem


Eduardo Kobra é um artista plástico, grafiteiro e muralista que para homenagear São Paulo, cidade que hoje completa 457 anos, concluiu no prédio do SENAC na Av. Tiradentes, mais uma de suas obras. Abaixo podemos conferir o andamento de seu trabalho.





23 de jan. de 2011

Haia Pinkhasovna



Roberto Shinyashiki


Neste momento
penso em você e então,
quisera me transformar em vento.
E se assim fosse,
chegaria agora como brisa fresca
e tocaria leve sua janela.
E se você me escuta e
me permite entrar,
em você vou me enroscar
quase sem o tocar.
Vou roçar nos seus cabelos,
soprar mansinho no seu ouvido,
beijar sua boca macia
e o embalar no meu carinho.
Mas eu não sou vento...
Agora sou só pensamento e
estou pensando em você.
E se abrir sua janela,
eu estou chegando aí,
agora...
neste momento,
em pensamento...
no vento.


o modelo





the shoes


ousado...



moderno...



romântico...


sofisticado.

16 de jan. de 2011

Fernanda Young


Mas quando for a hora de ir embora
sei que, sofrendo, deixarei você longe de mim.
Não me envergonharia de pedir ao seu amor esmola,
mas não quero que o meu verão resseque o seu jardim.

Cora Coralina


Poeta não é somente quem escreve.
É aquele que sente a poesia, se extasia sensível ao achado de uma rima e a autenticidade de um verso.

Rubem Alves


A saudade é a nossa alma, dizendo para onde ela quer voltar.

Martha Medeiros


Meu mundo se resume a palavras que me perfuram, a canções que me comovem, a paixões que já nem lembro, a perguntas sem respostas, a respostas que não me servem, a constante perseguição do que ainda não sei. Meu mundo se resume ao encontro do que é terra e fogo dentro de mim, onde não me enxergo, mas me sinto.

Fabrício Carpinejar

Não me deixe viver o que posso,
Que me seja permitido desaprender os limites.

Carlos Drummond de Andrade


O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar.

Clarice Lispector


Agora preciso de tua mão não para que eu não tenha medo, mas para que tu não tenhas medo.
Sei que acreditar em tudo isso será no começo, a tua grande solidão.
Mas chegará o instante em que me darás a mão, não mais por solidão, mas como eu agora: por amor...

Friedrich Nietzsche


Minha solidão não tem nada a ver com a presença ou ausência de pessoa. Detesto quem me rouba a solidão, sem em troca me oferecer verdadeiramente companhia.

10 de jan. de 2011

a dor


Porque, pra viver de verdade, a gente tem que quebrar a cara. Tem que tentar e não conseguir. Achar que vai dar e ver que não deu. Querer muito e não alcançar. Ter e perder. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e dizer uma coisa terrível, mas que tem que ser dita. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e ouvir uma coisa terrível, que tem que ser ouvida. A vida é incontornável. A gente perde, leva porrada, é passado pra trás, cai. Dói, ai, dói demais. Mas passa. Está vendo essa dor que agora samba no seu peito de salto agulha? Você ainda vai olhá-la no fundo dos olhos e rir da cara dela. Juro que estou falando a verdade. Eu não minto. Vai passar.

a ajuda

Pra te ajudar me despeço, vou sem regresso, adeus para sempre.

a poesia


E desde então, sou porque tu és.
E desde então és.
Sou e somos...
E por amor
Serei... serás... seremos...
Pablo Neruda

o fim


Ficar bem nem sempre deixa outras opções. É estranho quando as coisas simplesmente têm de terminar. É o estágio onde todos os sentimentos já evoluíram para um nada. É o nada que você optou para parar de sentir dor. No início você briga, chora, faz drama mexicano. Então percebe que é cansativo demais manter esse jeito de levar as coisas. Acostuma-se.. Não que pare de doer, mas que cai no seu entendimento que às vezes perdemos algo e não há solução. No fim você coloca um sorriso no rosto e finge que é sincero, até que a vida o faça realmente ser. Talvez os amores eternos sejam amenos e os intensos, passageiros. É isso.

a vida

Viver tem que ser pertubador... O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia.

2 de jan. de 2011

o vocabulário


Adeus: É quando o coração que parte deixa a metade com quem fica.
Amigo: É alguém que fica para ajudar quando todo o mundo se afasta.
Caridade: É quando a gente está com fome, só tem uma bolacha e reparte.
Carinho: É quando a gente não encontra nenhuma palavra para expressar o que sente e fala com as mãos, colocando o afago em cada dedo.
Ciúme: É quando o coração fica apertado porque não confia em si mesmo.
Entendimento: É quando um velhinho caminha devagar na nossa frente e mesmo a gente estando apressado, não reclama.
Espiritualidade: É quando a gente conversa com o Espírito colocando o coração em cada palavra.
Evolução: É quando a gente está lá na frente e sente vontade de ir buscar quem ficou para trás.
: É quando a gente diz que vai escalar um Everest e o coração já o considera feito.
Filhos: É quando Deus entrega uma jóia na nossa mão e recomenda-nos para cuidá-la.
Fome: É quando o estômago manda um pedido para a boca e ela silencia.
Inimizade: É quando a gente empurra a linha do afeto para bem distante.
Inveja: É quando a gente ainda não descobriu que pode ser mais e melhor do que o outro.
Lágrima: É quando o coração pede aos olhos que falem por ele.
Lealdade: É quando a gente prefere morrer que trair quem ama.
Mágoa: É um espinho que a gente coloca no coração e se esquece de retirar.
Maldade: É quando arrancamos as asas do anjo que deveríamos ser.
Ódio: É quando plantamos trigo o ano todo e estando os pendões maduros a gente queima tudo num dia.
Orgulho: É quando a gente é uma formiga e quer convencer os outros de que é um elefante.
Paz: É o prêmio de quem cumpre honestamente o dever.
Perdão: É uma alegria que a gente ganha e que pensava que jamais a teria.
Perfume: É quando mesmo de olhos fechados a gente reconhece quem nos faz feliz.
Preguiça: É quando entra um vírus na coragem e ela adoece.
Raiva: É quando colocamos uma muralha no caminho da paz.
Saudade: É estando longe, sentir vontade de voar, e estando perto, querer parar o tempo.
Sexo: É quando a gente ama tanto que tem vontade de morar dentro do outro.
Simplicidade: É o comportamento de quem começa a ser sábio.
Sinceridade: É quando nos expressamos como se o outro estivesse do outro lado do espelho.
Solidão: É quando estamos cercado por pessoas, mas o coração não vê ninguém por perto.
Ternura: É quando alguém nos olha e os olhos brilham como duas estrelas.
Vaidade: É quando a gente abdica da nossa essência por outra, geralmente pior.

Do Livro:
"O homem que veio da sombra"
de Luiz Gonzaga Pinheiro