28 de ago. de 2011

a pergunta



o nó

O nó celta é o símbolo da sua mitologia.Ele significa o infinito que enlaça todas as coisas, que estamos todos interligados e que, de alguma forma, para a evolução de um precisa-se da evolução de todos.

o elemento


A chama que inspira todos os afetos.
A combustão que alimenta os desejos.
Aquece-me o corpo e a alma, numa alternância perfeita.
Queimando as ausências, inspirando os sentidos!

o branco


Palavras que denunciam medos. Exageradamente.
Revelam carências. Corajosamente.
Incendeiam desejos e vontades. Ousadamente.
As palavras despem-me o espírito. Descaradamente.
Expoem-me nos silêncios. Discretamente.
Palavras que são um pedido de socorro.
Palavras que se desprendem. Inconscientemente.
De procura e descoberta. Incertas.
Palavras que se gravam numa folha branca, em mim e na pedra.
Que me permite ser mar, campo e deserto.
Preenche e completa, assim como
me esvazia e omite.
Palavras que libertam a minha revolta.
Perturbam e intimidam.
Atraem e seduzem.
Palavras que significam tudo.
As que espero um dia poder dizer!

o voo


Um voo livre.
Sereno.
Eis o que procuro
e preciso.
Voarei para longe
de mim mesma.


14 de ago. de 2011

o agora


O cinzento do inverno me traz o frio e o nevoeiro, pelos quais me deixo envolver em silêncio. Consigo ficar a sós com os meus pensamentos. Consigo abandonar vontades. Sem perspectivas e sem relatividades. Reconhecer a fraqueza de sentir todas as palavras por traz do meu silêncio, percebidas, entendidas, sem ter que as pronunciar.
A realidade, limitada e condicionada pelas escolhas que fazemos e aceitamos, parece-me muito dura, rígida. Tanto que por vezes, desistimos. E, talvez por isso lutamos.
Penso nos olhares que cruzam com o meu. Na forma como nos relacionamos, como nos percebemos, desejamos, como nos perdemos.
Acordada, de olhos bem abertos, sonho com um sonho que não alcanço. Que se dissipa no denso nevoeiro da vida. Atenta, aos sinais que percebo, sigo o único caminho possível.
Que percorro, apaixonadamente.
Intensamente… em frente!

o tempo


Os dias têm passado em tons plúmbeos, numa velocidade estonteante.
Sem espaço para o silêncio. Sem palavras. Sem momentos.
Demoro o olhar sobre um tempo paralelo, que me mostra os caminhos que ainda não percorri.
Eles me levarão a lugares secretos, lindos.
Onde viveremos instantes, só nossos!

o solstício


Saberes antigos dizem que é tempo de reencontrarmos as nossas esperanças.
De nos libertarmos de coisas antigas e desgastadas.
É hora de descobrir a criança dentro de nós e de renascermos com a sua pureza e alegria.
Esta é uma ideia que me agrada.
Gosto de pensar e de acreditar que podemos sempre renascer.
Os ciclos são permanentes. A natureza e o tempo deixam-se observar.
E mostram-nos em todos os momentos, que podemos acreditar e sorrir.
Para isso, teremos apenas que fazer a nossa parte...

a pergunta


Incoerência ou mudança de percepção?

o encontro


Sempre que a saudade aperta e me fere
te desenho num coração, sabia?
Faço
isso perto do mar, pois sei que não é dor permanente.

E, quando te encontro novamente nos meus pensamentos,
as ondas delicadamente apagam o meu sofrimento. E eu volto a sorrir, porque te sinto em mim...

a volta


Com ternura, suavidade, cumplicidade, amizade, amor e sensibilidade
.
Me fizeste voltar!
.
Obrigada!

a estrela


Pra sempre, serás a minha!