14 de ago. de 2011

o agora


O cinzento do inverno me traz o frio e o nevoeiro, pelos quais me deixo envolver em silêncio. Consigo ficar a sós com os meus pensamentos. Consigo abandonar vontades. Sem perspectivas e sem relatividades. Reconhecer a fraqueza de sentir todas as palavras por traz do meu silêncio, percebidas, entendidas, sem ter que as pronunciar.
A realidade, limitada e condicionada pelas escolhas que fazemos e aceitamos, parece-me muito dura, rígida. Tanto que por vezes, desistimos. E, talvez por isso lutamos.
Penso nos olhares que cruzam com o meu. Na forma como nos relacionamos, como nos percebemos, desejamos, como nos perdemos.
Acordada, de olhos bem abertos, sonho com um sonho que não alcanço. Que se dissipa no denso nevoeiro da vida. Atenta, aos sinais que percebo, sigo o único caminho possível.
Que percorro, apaixonadamente.
Intensamente… em frente!