Esse blog foi totalmente reformulado.Todas as poesias, textos, frases e fotos aqui postados foram selecionados para sensibilizar você. Alguns deles nos fazem refletir, outros nos contagiam com seu inerente bom humor. Entre e fique à vontade!
29 de dez. de 2010
2011
E que venha 2011!!
Clarice Lispector
7 de nov. de 2010
Nietzsche
a indiferença
nem como minhas histórias cabem no teu esquecimento.
Sei que ainda sou lembrada, tocada, sentida
de um jeito secreto e infantil sinto um riso deixar os lábios,
fazendo um milagre, publicando uma saudade num resto, num beijo.
Já não sou o mesmo caminho esperando numa demora, horizontes.
Sou só uma vontade boba invadindo o abraço, deixando na boca
um coração que não sabe amar superfícies.
Quero ser uma falta, desaprendida.
Uma indiferença inocente
que não alcance os sonhos,
nem faça doer os olhos.
E gravar nesse agora que é quase sempre
o quanto sou eterna mesmo quando não sou sua.
2 de nov. de 2010
a solidão
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade.
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio.
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida...Isto é um princípio da natureza.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto é circunstância.
Solidão é muito mais do que isto.
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma...
Chico Buarque de Holanda
o texto
Sei que a vida é um texto corrido, e eu tomo conta da pontuação. Coloco vírgulas onde acho que devo ir mais devagar ou deixo as palavras correrem livres para torná-lo intenso, para que me falte ar. Acrescento parágrafos em momentos de recomeço e se for necessário busco até um ponto final. Se há erros na ortografia, descompaço de assuntos, não importa tanto, uma hora ou outra, depois de muitas revisões e treino, essa escrita toda fará algum sentido.
24 de out. de 2010
o risco
Caio F. de Abreu.
o imprevisível
A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas é imprevisível. Jamais espere ouvir “eu te amo” num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir “eu te amo” numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovada no teste de baliza. Idealizar é sofrer. Amar é surpreender.
Martha Medeiros
17 de out. de 2010
a janela
no imaginário
Meu namorado imaginário não fuma, gosta de filosofia (pode não entender nada, mas tem que achar lindo, não tem história mal-resolvida com ninguém, gosta de cinema, domingo em casa, passeio no parque, e é absolutamente encantado pela beleza das coisas pequenas.... um cheiro, um beijo, um carinho, um jasmim. Sem motivos. Meu namorado imaginário tem o sorriso mais bonito do planeta. Ele me abraça de um jeito que me faz sentir mais perto de Deus. E, a gente se encontra naquele intervalo entre as coisas que são ditas e as coisas que as palavras não alcançam... e se transubstancia... em galáxias, cores, cometas, estrelas, incandescências... tudo ao mesmo tempo. Meu namorado imaginário apóia meus sonhos, mesmo que não concorde com eles. É um homem que admiro muito mais do que consigo expressar com palavras. Tem manias tão irritantes quanto lindas que nos rendem as mais inusitadas histórias. Ele me ensina a ser uma pessoa melhor. E me entende quando eu não consigo. Com meu namorado imaginário cada dia é um mergulho. E eu não preciso ter medo, porque nosso desejo é enternecer nosso universo. De um jeito que a gente não entende, mas que vibra e de repente faz tudo parecer que tem sentido. Quando? Onde? Quem? Eu não sei. Mas talvez, como numa metáfora de cinema, o mais importante seja mesmo a jornada e não a meta.... Um dia a gente se encontra e ele me reconhece.